Opale é uma peça de vestuário emotiva que pode reconhecer e responder às expressões faciais das pessoas ao seu redor.
“Nós tendemos a responder às pessoas ao nosso redor através de nossas expressões faciais inconscientes e movimentos corporais. Quando cercados por pessoas sorridentes, muitas vezes sorrimos de volta. E quando ameaçados, muitas vezes assumimos uma postura defensiva. Os animais fazem o mesmo. Cães, gatos e ratos eriçam suas peles como um mecanismo defensivo ou como uma forma de intimidação. Então, por que não podemos desenvolver roupas que podem fazer o mesmo? Por exemplo, como a roupa pode agredir os sentidos e entrar em modo defensivo de acordo" diz Behnaz Farahi, a designer, arquiteta e pesquisadora do projeto.
O Opale é um item de moda feito sob medida, que integra a robótica soft e a tecnologia de rastreamento facial, que responde às expressões dos rostos dos espectadores. É equipado com uma câmera que pode detectar uma série de expressões faciais: felicidade, tristeza, surpresa, raiva e neutras. Ele também incorpora um sistema pneumático interativo que pode responder de acordo. A fibra ótica foi o material usado no projeto Opale baseado-se em um estudo da “arquitetura corporal” humana. Os dados obtidos a partir de uma análise da curvatura da superfície do corpo humano e dos contornos subjacentes dos músculos informaram a localização, densidade e altura de cada fibra. A intenção era exagerar o movimento dos músculos subjacentes por ter fibras mais densas e longas seguindo os contornos dos músculos. Opale consiste de 52.000 fibras incorporadas em uma base de silício.
Este projeto é uma tentativa de explorar as possibilidades técnicas de visão computacional e atuação dinâmica, a fim de abordar questões psicossociais de emoção, privacidade e transparência. Faz parte de uma iniciativa de pesquisa em andamento sobre a relação entre expressões emocionais e interações sociais. Ele se baseia na capacidade da visão computacional de reconhecer diferentes expressões faciais que já foram exploradas por outras pessoas, mas integra crucialmente esse sistema em roupas interativas.
Analisando o projeto Opale acredito que aplicação da tecnologia poderia ter sido feito no modelo de um casaco ao invés de um vestido, pois o projeto busca ser uma segunda pele para as pessoas, assim uma maior área do corpo coberta estaria mais de acordo com o conceito do projeto.Uma outra questão que observei foi o conceito de proteção que roupa reproduz ao eriçar os fios de fibra óptica de acordo com expressões faciais detectadas, no meu ponto de vista ele poderia ser mais aprofundado. Por exemplo, a roupa poderia conter um sensor de temperatura para os fios se entrelaçarem quando estivesse frio ou abrisse quando estivesse calor. Em algumas situações quando uma pessoa se sentisse em perigo a roupa poderia mudar de cor para que todos ao seu redor percebessem e pudessem oferecer ajuda, assim como um camaleão que muda de cor para fugir do predador. A utilização de apenas uma câmera central para identificação do perigo é um desperdício, por que não colocar uma câmera nas costas ou dos lados ? Assim, a roupa poderia ampliar nossa capacidade proteção para além do que nossos olhos conseguem perceber de modo 360.