Baseado-se em pesquisas desenvolvidas em universidades, reuníamos um conteúdo para fazer uma prospecção de como será o mercado de compras online de roupas e calçados em 2030. Nosso projeto consiste em resgatar a importância do toque da roupa para assim o comprador ter uma experiência mais satisfatória.
A nossa primeira ideia foi criar um casaco que pudesse simular os diferente tipos de texturas, peso, temperatura, cujo o usuário iria escolher a roupa no site online e casaco se modificava de acordo com as características do produto. Para verificar se isso era possível estudamos quais tipos de tecido inteligentes há disponíveis. De acordo com o Cientifica Research, existem 3 gerações de tecidos inteligentes:
A primeira geração tem sensores fixados ao vestuário;
A segunda geração de tecidos inteligentes tem sensores implementados;
A terceira geração de vestuário são eles próprios sensores.
A primeira geração. Tecidos inteligentes passivos
Tecidos inteligentes passivos são capazes apenas de perceber os dados sobre as condições ou estímulos do ambiente. Tal tipo de tecido contém apenas sensores. Os exemplos são roupas de proteção UV, roupas tratadas com plasma, tecido com sensores ópticos, etc.
A segunda geração. Tecidos inteligentes ativos
A segunda geração de tecidos inteligentes compreendem ambos os sensores e atuadores. Tecidos inteligentes ativos podem memorizar a forma, criar um efeito сamaleônico, regular a temperatura, resistir à água, absorção de vapores, absorver o calor e armazená-lo no tecido. São literalmente tecidos “inteligentes”.
A terceira geração. Tecidos ultra inteligentes
A terceira geração de tecidos é muito mais avançada. Eles podem não só detectar tipos de dados diferentes, mas também fazem previsões e se encaixam em condições externas sem ajuste preliminar. Esse tipo de tecido funciona com um “cérebro”, devido a um microcomputador embutido. Os exemplos deste tipo são roupas espaciais, jaquetas esportivas, jaquetas musicais, computadores portáteis e assim por diante.
Geralmente, a classificação roupas inteligente também é dividido em 2 tipos principais:
Tecidos eletrônicos com eletrônica clássica que é anexada à roupa inteligente.
Tecidos eletrônicos com eletrônicos incorporados ao tecido.
A roupa inteligente Teslasuit é o maior exemplo pois simula calor, frio, vento, toque entre outros para que o usuário de realidade virtual possa sentir o mundo virtual com sua roupa.
A roupa inteligente Teslasuit
Depois de encontrar a roupa inteligente da Teslasuit, entendemos em qual geração nosso projeto se encaixa e diferença entre sensores e atuadores relacionado a roupa. Percebemos também a importância de decidir paramentos para nosso projeto, pois não queríamos que ele tivesse uma estética futurista ou gammer como no exemplo acima.
Mandátorios
Simular diferentes tipos de textura
Ser portátil
Estética minimalista
Uso domiciliar
Desejavel
Diferenciar temperatura
Realidade virtual
Identificar as medidas do usuário
Impeditivos
Diferenciação entre tamanhos
Após essa etapa, imaginamos que uma possível solução não seria propriamente uma roupa. A taiwanesa Cindy Hsin-Liu Kao do MIT Media Lab, desenvolveu um projeto chamado DuoSkin que usa flash tattoos sobre a pele que permite a qualquer pessoa criar dispositivos funcionais personalizados. Você pode ler mais sobre aqui.
DuoSkin - Categoria Input
BODY SCANNER SENAI CETIQT
Para simulação das texturas do tecidos, encontramos a pesquisa da engenheira mecânica Katherine Kuchenbecker da universidade da Pensilvania sobre como digitalizar o sentido do tato, enfatizando a importância desse sentido que é utilizado em todas interações fisicas que realizamos e como alavancar a tecnologia para aumentar a capacidade humana ao tato. Ela divide o sentido tátil em dois componentes principais: sensação tátil e sensação sinestésica.
Em um dos seus experimentos ela usou ferramenta manual que possui um sensor de força, para medir a pressão exercida no toque; um sensor de movimento, um sensor de vibração e um acelerômetro interno, que detecta o chocalhar da ferramenta, sendo assim possível detectar se é uma tela ou pedaço de tecido. Ela pegou esse dados gerados pela interação e programou para uma "tablet", desse modo quando ela utilizava a caneta nessa tablet, era possível reproduzir vibrações para dar a impressão que você estava tocando uma superfície real. Esse processo é chamado de haptografia.
Nesse caso, a pesquisadora coleta os dados de como é a textura de um tecido através de sensores e simula eles através de uma caneta sendo usada sob uma tela touch, assim ela obtém a simulação real de como seria se a pessoa tivesse passado a mesma caneta sobre o tecido. Ou seja há um dispositivo ativo(caneta) e outro passivo( tela)
TED TALKS - Katherine kuchenbecker: the technology of touch
Para complementar a ideia de pequena telas, ja que nosso projeto busca a principio criar pequenos pontos sobre a pele, encontramos as telas OLED que consome bem menos energia, é mais leve, fino, oferece ângulos de visão maiores com melhor brilho e contraste, além de reproduzir cores muito mais naturais do que qualquer tela que existe no mercado. Já o grafeno, material super leve e resistente, é a chave para se criar telas OLED flexíveis e inquebráveis.
Pesquisadores da ETRI (Instituto de Pesquisa em Eletrônica e Telecomunicações) da Coréia desenvolveram eletrodos transparentes baseados em grafeno para painéis OLED. Os pesquisadores dizem que esses novos eletrodos melhoram a transparência e a qualidade de imagem dos OLEDs em 40 a 60%, em comparação com os atuais eletrodos baseados em prata.
A partir de toda essa pesquisa chegamos ao nosso projeto de design especulativo MIRROR ME!
O projeto contém duas partes uma física e outra virtual. A parte de hardware consiste num kit que o usuário poderá comprar em lojas de eletroeletrônicos que contém sete círculos de tela oled , mais um suporte para mãos e uma web cam. O usuário irá posicionar esses sete pequenos círculos sobre a pele localizado em algumas partes do corpo( braços, pernas, tronco)
Por exemplo: se o usuário for comprar uma camisa social ele precisará colocar os círculos no braço, antebraço, torax, barriga e costas. Os círculos servem como pontos ancoras para a web cam que captura a imagem com as medidas do usuário e, assim, reproduz em 3D a pessoa usando a roupa em um ambiente virtual. As plataformas de e-commecer irão disponibilizar essa opção dentro do seu menu, assim nesse ambiente virtual o usuário poderá se ver com a roupa e verificar se ela está curta ou longa, devido ao uso do scanner que enviou as medidas exatas da pessoa para a plataforma.
Além disso o usuário usando o suporte pode passar a mão em cima dos círculos e sentir a textura do tecido, graças a haptografia. E também sentir se a roupa está apertada ou não, pois o círculos aumentam de pressão conforme as medidas do usuário em relação a roupa.
Focando nas funcionalidades do "Mirror Me" nós queremos que essa seja uma atividade que saia apenas do aspecto individual de se provar roupa através da tecnologia e realidade virtual, mas que também seja uma experiencia compartilhada com outros usuários, onde será possível se conectar a amigos durante ou após a compra com o intuito de receber comentários ligados a aparência da peça escolhida, de caimento, se ficou boa ou não, recriando a sensação de se fazer compras com amigos na vida real, como explica Juliana Pereira
Adrienne Whitworth (UK) on 1/31/2015
A experiencia seria auxiliada por um assistente pessoal, citado no blog do Rodrigo, seria uma especie similar a da Siri, porém programada para atender as necessidades ligadas a compras de roupas online. O assistente daria dicas, de acordo com a escolha do usuário, de tendencias no mundo da moda em campo nacional ou internacional oferencendo inspirações de composição, cores, etc amplificando cada vez mais essa experiencia, o que acaba faz com que seja explorado essas questões de personalização da experiencia e exclusividade da mesma.
Sketches
O kit pode ser comprado em lojas como Casa e Video.
O usuário vai ate o site de compra e clica na opção VESTIR.
O usuário posiciona os círculos de tela oled pelo corpo e se scanea.
Ele se vê vestindo a peça e pode perceber se a roupa esta curta ou não porque o scaner envia suas medidas para a plataforma.
Através da haptografia o usuário consegue sentir o toque do tecido posicionando o suporte de mão sobre a tela de Oled.
Grupo:
Juliana Barbosa Pereira
Rodrigo Gonçanves Marinho
West Pereira
Referências :
Haptography: Digitizing our sense of touch - Katherine Kuchenbecker
https://www.youtube.com/watch?v=6wJ9Aakddng&t=293s
Sensores e Atuadores
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeo2cAA/sensores-atuadores
Tecidos inteligentes e multifuncionais irão remodelar a indústria da moda
http://www.stylourbano.com.br/tecidos-inteligentes-e-multifuncionais-irao-remodelar-a-industria-da-moda/
BODY SCANNER
https://www.youtube.com/watch?v=WYEh6JsEvrM
DISNEY RESEARCH
https://www.youtube.com/watch?v=E4tYpXVTjxA
O smartphone está evoluindo para wearables de moda como braceletes e óculos RA
http://www.stylourbano.com.br/o-smartphone-esta-evoluindo-para-wearables-de-moda-como-braceletes-e-oculos-ra/